terça-feira, 20 de novembro de 2007
o ídolo......
Paulo Cunha e Silva, 44 anos.
Paulo Cunha e Silva nasceu em Beja, é Professor na Faculdade de Desporto e Comissário da exposição "Depósito".
- De que mais gosta na Universidade do Porto?
A dimensão, é uma grande Universidade com uma constelação de interesses muito diversos. Tem uma dimensão metropolitana. Zonas de excelência (também de mediocridade, há que ter coragem de o dizer).
- De que menos gosta na Universidade do Porto?
A sua dificuldade em afirmar-se como uma voz fundamental na cidade. Sinto que muitas vezes, apesar dos sues núcleos de excelência científica, entre a universidade e a cidade há um divórcio profundo. A universidade tem dificuldade em comunicar e em comunicar-se. Para fora, mas também dentro de si. Parece-me todavia que se estão a dar passos para ultrapassar este estado de coisas. E os outros males comuns à universidade portuguesa em geral: a endogamia, o tráfico de influências, o nepotismo.
- Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?
Associar ao seu carácter de pólo produtor de conhecimento científico, uma dimensão de irradiação cultural. Sem o vector cultural a ciência corre o risco de tornar num discurso ensimesmado. O investimento na dimensão cultural permitir-lhe-ia também adquirir mais visibilidade, e com isso maior facilidade em se tornar numa voz activa e protagonista.
- Como prefere passar os tempos livres?
Viajando e lendo. A viagem é um texto e o texto é uma viagem. Por isso leio, compulsivamente. E viajo, sempre que posso.
- Um livro preferido?
A série negra do Gonçalo M. Tavares, que foi meu estudante de doutoramento, e que com este conjunto de pequenos livros revolucionou o romance em Portugal. O último romance de Philip Roth, Everyman (2006) um fabuloso exercício sobre o desejo e a morte. E, claro, a Rosa do Mundo, ideia que pedi ao Hermínio Monteiro para desenvolver, e que aí está como uma das maiores antologias da poesia de sempre.
-Um disco preferido?
Mahler (todo)
- Um prato preferido?
Percebes e perdizes. Cozido à portuguesa, uma sinfonia de porco.
- Um filme preferido?
Blue Velvet de David Lynch e Crash de David Cronenberg. Os dois mais espantosos filmes sobre as dobras do corpo, os seus meandros mais indizíveis.
Pérolas em África
Gomis (St.Etienne)
A maior promessa do futebol europeu em termos de ponta-de-lança. Rápido, forte, inteligente e rematador.
A maior promessa do futebol europeu em termos de ponta-de-lança. Bafetibi Gomis.
A sua aparição na primeira equipa do Saint-Étienne a meio da época passada, após a saída do titular Piquionne para o Mónaco, não deixou ninguém indiferente.
Rápido, forte fisicamente (1,84m. e 77kg.), ágil e com um remate potente, provocou uma tempestade nas grande-áreas francesas. Capacidade de desmarcação, jogo aéreo, inteligente a surgir nos espaços vazios e mortífero no remate (marcou 10 golos em 18 jogos a titular). É de origem senegalesa, cresceu no St.Etienne desde os 14 anos e faz 22 em Agosto. Falou-se na saída para um grande clube, mas no arranque para a nova época, Bafé Gomis continua, para já, no ataque de Les Verts. Um goleador para ver e suster a respiração.
Pérolas em África
Chrisantus (Nigéria Sub-17 /Abuja FC)
Posição: Avançado
Posição: Avançado
Altura/Peso: 1,83m. e 76kg
Idade: 17 anos (20/8/90)
O melhor marcador do Mundial Sub-17. Macauley Chrisantus, um nº9 puro, dos gosta de chocar com os defesas, ganhar espaços e rematar. Fez 7 golos. Forte fisicamente (1,83m. e 76kg.), com dotes técnicos, também revelou visão de jogo nas tabelas com o seu colega no ataque, Oseni. Joga no Abuja FC da Nigéria e fez 17 anos em Agosto. É um goleador nato, com características, físicas e técnicas, para manter uma boa relação com as balizas durante toda a carreira.
Beleza no Futebol???
Ransford Osei (Ghana /Kessben FC)
FCPosição: avançado
Altura/peso: (1,68m. e 67kg.)
Idade: 16 anos (05/12/1990)
Do Mundial Sub-17 terminado este mês na Coreia, emergiu, entre muitas estrelas, uma fantástica dupla na frente de ataque do Ghana: Osei-Adams. Ambos com grande mobilidade e instinto de baliza. Sadick Adams (do Ashanti Gold ganês) tem um remate fortíssimo e move-se bem, mas foi Ransford Osei quem mais se destacou frente á baliza. Esquivo, embora não seja muito forte fisicamente (1,69m. e 67kg.), combina muito bem nas jogadas de tabela, passa, dribla, perigoso no um-para-um. Robusto, encara os defesas sem medo. É inevitável, no entanto, falar no problema das idades sempre que se cita uma fantástica promessa africana de talento. Nos registos, Osei só faz 17 anos em Dezembro. Joga ainda no da I Divisão do Ghana, mas as suas exibições e golos neste Mundial despertaram certamente os olhares de muitos caçadores de talentos. Um jogador para seguir nos próximos anos.
segunda-feira, 19 de novembro de 2007
David Lynch em Portugal
O cineasta norte-americano David Lynch enalteceu os benefícios da meditação transcendental para enfrentar "o mundo violento e turbulento em que vivemos" durante um evento no festival de cinema de Estoril.
Conhecido pela série de TV "Twin Peaks" e os filmes "Coração Selvagem" e "A estrada perdida", Lynch esteve neste sábado pela primeira vez em Portugal a convite do produtor Paulo Branco, director artístico do Festival do Filme Europeu, que chega ao fim nesta noite na cidade portuguesa.O diretor deixou um recado para os jovens cineastas. "Sejam verdadeiros com vocês mesmos, não aceitem uma ideia má, mas nunca recusem uma boa ideia", afirmou, perante uma audiência de mais de 600 pessoas.
A rápida passagem de David Lynch por Portugal, segundo o programa, resumiu-se ao evento e a uma entrevista colectiva, com o seu habitual visual de terno escuro e camisa branca apertada até o colarinho, com uma fina gravata amarela.O cineasta disse que Estoril é a 26ª cidade visitada por ele nos últimos dois meses. A viagem faz parte de uma turnê pela Europa para fazer conferências sobre Meditação Transcendental (MT), uma técnica que pratica há mais de 20 anos."Eu era uma pessoa afetada pela depressão e pela raiva. Com a meditação consegui ultrapassar emoções negativas como o medo e a ira, libertei a minha consciência e a criatividade começou a fluir", afirmou."A depressão e a raiva são uma atitude muito típica, sobretudo entre jovens artistas, porque pensam que assim podem conquistar mais mulheres", disse, provocando risos na platéia.Técnica de meditaçãoLynch afirmou que a MT o libertou da negatividade e conseguiu ter um maior acesso à criatividade e à intuição. "O cinema não é só uma coisa intelectual, é muito emocional e tem também a ver com a intuição".Ainda segundo o cineasta, "é com a intuição que conseguimos saber se algo está certo ou errado. E se temos a mente limpa de negatividade, temos melhor acesso à intuição".
A MT é uma técnica de meditação originária da Índia que começou a ser introduzida no ocidente nos anos 1960 por Maharishi Mahesh Yogi. A prática envolve o uso de um mantra (uma palavra que é repetida pelo praticante e cujo som tem propriedades psicoativas).De acordo com os seguidores da técnica, a MT lhes permite atingir um estado transcendente de consciência."Tenho observado uma grande transformação nas escolas onde a meditação está sendo introduzida. Os níveis de violência baixaram e as crianças começam a aprender melhor e a desenvolver o seu potencial", disse Lynch, que possui uma fundação de MT trabalhando em vários projetos nos EUA.Durante o evento, o público fez perguntas sobre os trabalhos do cineasta, incluindo "Inland Empire", numa nítida tentativa de decifrar significados e intenções do director premiado em Cannes e indicado ao Oscar, cuja obra tem sido considerada bizarra e até incompreensível por parte da crítica e do público.Apesar do sucesso da série "Twin Peaks", que conquistou a audiência nos 90 e depois foi adaptada por Lynch no cinema, filmes como "Dune" se revelaram um fracasso de bilheteira.
Actualmente com 61 anos, David Lynch continua activo tanto no cinema, nas artes plásticas e também como produtor musical, mas o entusiasmo em prol da MT tem estado em destaque, principalmente com a viagem pela Europa, que o levou a encontrar-se há pouco tempo com o presidente de Israel, Shimon Perez.No encontro, o director disse a Perez que se colocasse cerca de duzentos mestres em meditação em Israel seria o suficiente para acabar com o conflito no Oriente Médio."Primeiro pensou que eu era louco, mas depois ouviu-me com atenção", disse aos jornalistas sobre a conversa com o presidente israelita. Neste sábado, Lynch voltou a defender a técnica como receita para viver em paz, "não só em Israel mas para todo o mundo".
sexta-feira, 2 de novembro de 2007
Póvoa, como tu não ha igual??????
Devido a muitas solicitações, venho agora escrever ou divagar sobre esta fantastica(???) terrinha, onde as obras se confundem de rua para rua, e onde o ambiente longe da maresia de outrora se vai esfumando em meros "monumentos" como são o Casino e a Praça de Touros, talvez(???).
Perdoem-me alguma incoerência, mas os autarcas adoram dizer na televisão que a costa portuguesa dificilmente terá outra cidade ao nível desta fantástica metrópole, onde vagueia cultura e onde cada pessoa procura o bem de todos.
Não têm saído muito à noite estes srs., pois o ambiente que se vive nesta cidadezinha de falsas aparências e bem-estar limita-se, unicamente, ao bem-estar monetário daqueles que a dirigem. Para um cais desalojado de navios ou simples barcos de pesca...
Procura-se muito, escava-se ali e aqui, mas o que é certo é que unicamente se encontra um rasto do único edificio útil e sano deste "estaleiro", a biblioteca municipal.
Miúdos na pura infância vagueiam pelas ruas, inspirados em rebeldias diferentes de outras, onde qualquer fruto combina com açúcar.
Não admira que quando se chega à "rival" Vila do Conde, se encontrem muitas das pessoas que desistiram de lutar por um convivio saudável e cosmopolita, tantas vezes citado por aqueles que procuram plagiar a imagem artística e bela das mais variadas terrinhas deste país miudinho.
Por muito que se lute, pouco se encontra. Salvo raras excepções, onde ainda vigora a boa disposição e as incríveis conversas que poucos têm agora. São também poucos os locais que existem para se falar, para conviver.....
As minhas sinceras desculpas...pois a desilusão também me custa...
Perdoem-me alguma incoerência, mas os autarcas adoram dizer na televisão que a costa portuguesa dificilmente terá outra cidade ao nível desta fantástica metrópole, onde vagueia cultura e onde cada pessoa procura o bem de todos.
Não têm saído muito à noite estes srs., pois o ambiente que se vive nesta cidadezinha de falsas aparências e bem-estar limita-se, unicamente, ao bem-estar monetário daqueles que a dirigem. Para um cais desalojado de navios ou simples barcos de pesca...
Procura-se muito, escava-se ali e aqui, mas o que é certo é que unicamente se encontra um rasto do único edificio útil e sano deste "estaleiro", a biblioteca municipal.
Miúdos na pura infância vagueiam pelas ruas, inspirados em rebeldias diferentes de outras, onde qualquer fruto combina com açúcar.
Não admira que quando se chega à "rival" Vila do Conde, se encontrem muitas das pessoas que desistiram de lutar por um convivio saudável e cosmopolita, tantas vezes citado por aqueles que procuram plagiar a imagem artística e bela das mais variadas terrinhas deste país miudinho.
Por muito que se lute, pouco se encontra. Salvo raras excepções, onde ainda vigora a boa disposição e as incríveis conversas que poucos têm agora. São também poucos os locais que existem para se falar, para conviver.....
As minhas sinceras desculpas...pois a desilusão também me custa...
O mundo do grindhouse voltou...
O grindhouse voltou com mais força depois da brilhante realização de Quentin Tarantino em "Death Proof", mas também com Robert Rodriguez em "Planeta Terror"...A não perder...
...porque ás vezes..
Nem sempre o ócio, porque ás vezes me apetece fazer algo, criar um blog por exemplo....
Sabe bem pôr um som a tocar, relaxar, apreciar o que de melhor se faz não fazendo nada.Por vezes, o nada leva-nos ao todo da "coisa". Prefiro pensar assim, do nada se fez a esseência, da essência se fez e se faz tudo!..Náo está mal, simplesmente parei para uns momentos de ócio pelo sofá........
Sabe bem pôr um som a tocar, relaxar, apreciar o que de melhor se faz não fazendo nada.Por vezes, o nada leva-nos ao todo da "coisa". Prefiro pensar assim, do nada se fez a esseência, da essência se fez e se faz tudo!..Náo está mal, simplesmente parei para uns momentos de ócio pelo sofá........
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